Tenho observado com grande desgosto o caminho que meu país
(Brasil) tem tomado nos últimos tempos. Se já não bastasse a onda de corrupção
que assola a política nacional e que enfraquece substancialmente as
instituições vitais, bem como – Estado, Igreja, Partidos políticos e dentre
outros; é com um olhar temeroso que me volto para as questões reivindicadas por
uma massa de pessoas que vivem em uma sociedade imaginária, onde os problemas
sociais de educação, violência e saúde pública parecem ser esquecidos ou
omitidos por mero gozo coletivo.
Unidos por um falso ideal de liberdade, jovens de classe
média/alta acreditam que a legalização das drogas, principalmente a maconha,
resultaria em melhorias na sociedade. Partindo do princípio da autonomia de que
todos teriam o direito de consumir seu cigarro de maconha sem serem incomodados
pelas autoridades, eles supõem que o crime seria reduzido, ao passo que a
descriminalização não mais implicaria em sanções contra os usuários e
vendedores.
De fato, este é um pensamento irracional. E este seleto
grupo de privilegiados não passa de pessoas individualistas que pensam que o
mundo gira em torno do seu umbigo. Afirmar que a liberação de drogas é a
solução para um dos grandes problemas que figuram na sociedade (violência e tráfico),
é no mínimo - LOUCURA!
Esses jovens nasceram e foram criados em “berços de ouro” –
tiveram e tem tudo do bom e do melhor. Deixando a parte os problemas familiares
que todos nós temos, esses “revolucionários modernos” contaram e contam com o
convívio afetivo de seus familiares, tiveram boa educação em casa, estudaram
nos melhores colégios da cidade e teve as melhores companhias durante o período
de sua formação moral.
Em contrapartida a isso, o jovem pobre da periferia nasceu
sem saber quem é seu pai e teve uma infância marcada por severos casos de
violência que afetam a sua comunidade e a sua casa – que deveria ser o seu
porto seguro.
Ele não freqüentará a escola, pois é muito perigoso
atravessar seu bairro e até mesmo permanecer dentro do ambiente escolar que, por
conseqüência dos problemas sociais, se tornou um local de fácil aliciamento de
novos membros para o crime organizado e tráfico de drogas.
Com muita sorte, essa criança irá crescer sem ter sido
recrutada para fazer parte deste exército de jovens que perdem a sua liberdade
e razão no florescer da sua vida. Entretanto, ao atingir determinada idade, ele
terá que sair de casa para procurar um emprego e novamente os problemas de sua
infância perdida o atormentará.
Não tendo freqüentado regularmente a escola e sendo morador de determinado bairro onde o índice de criminalidade é conhecido pela sociedade, ele não terá as portas do mercado de trabalho abertas – ele voltará para sua casa e encontrará sua mulher e seus filhos que choram de fome e uma mãe velha e doente em seu leito em um canto amontoado.
Não tendo freqüentado regularmente a escola e sendo morador de determinado bairro onde o índice de criminalidade é conhecido pela sociedade, ele não terá as portas do mercado de trabalho abertas – ele voltará para sua casa e encontrará sua mulher e seus filhos que choram de fome e uma mãe velha e doente em seu leito em um canto amontoado.
O desespero tomará conta desse cidadão – ele não terá
escolha, ele irá se corromper!
De início, pode ser que ele compre uma arma na esquina de
sua casa e comece a praticar assaltos em bairros distantes da sua moradia. Não
tendo outra escolha, ele se assume nessa condição, um fora da lei criado pelo
ESTADO!
Assim dizia Rousseau: “O homem nasce bom e a sociedade o
corrompe” – de agora em diante ele faz parte do crime organizado, ele encontrou
pessoas que também tiveram a infância marcada pelos mesmos problemas e que
inicialmente não resistiram e se tornaram especialistas na arte do crime, e
hoje - lideram as facções.
Consumo de drogas, tráfico de entorpecentes, assaltos,
seqüestros e demais formas de terror que afetam diretamente a classe média
honesta e trabalhadora será a forma que esse ser humano terá de “ganhar a sua
vida”.
Tais ataques também atingem a classe média/alta, no entanto, eles não estão na linha de frente assim como o coitado do cidadão que trabalha duro diariamente no seu comércio e que esta inseguro nas ruas e àqueles que diariamente vão para o seu trabalho conduzindo seu veículo e não sabe em qual esquina terá uma arma apontada para sua cabeça e a voz de assalto dada em seu ouvido - como um disparo que inicialmente acerta sua alma!
Tais ataques também atingem a classe média/alta, no entanto, eles não estão na linha de frente assim como o coitado do cidadão que trabalha duro diariamente no seu comércio e que esta inseguro nas ruas e àqueles que diariamente vão para o seu trabalho conduzindo seu veículo e não sabe em qual esquina terá uma arma apontada para sua cabeça e a voz de assalto dada em seu ouvido - como um disparo que inicialmente acerta sua alma!
Aumentando-se o crime, aumenta-se o número de vítimas. E a
respeito disso, cito o aglomerado de usuários de drogas que estão espalhados
nos centros das cidades e nas comunidades carentes. São pessoas doentes que
também foram vítimas da sociedade desigual e que se perderam em um caminho
paralelo ao desses jovens que hoje são líderes e membros das facções criminosas
que, no entanto, eles assemelham-se na história inicial de suas vidas e no fim
certo que eles terão: Prisão, doenças mentais causadas pelo uso excessivo de
drogas, doenças sexualmente transmissíveis e dos mais variados gêneros que
estão diretamente ligados ao ambiente sujo das ruas e por fim, a morte precoce!
E é justamente desses viciados que mora nas ruas que o Estado
inicialmente deveria amparar dado o momento atual que estamos. O que eles
necessitam é de tratamento para se livrarem do vício do entorpecente, e não de
Leis que liberem o uso das drogas; fato que motivaria essas pessoas a adquirirem
e consumirem a droga ainda com mais facilidade e acima de tudo, colaboraria com
o mercado ilegal dos traficantes de drogas.
Acredito que para resolvermos estes problemas que venho
apresentando até então, devemos encará-los tendo em vista encaixa-los no
princípio tridimensional de resolução, que seria: Reformas Sociais, Segurança
Pública e Saúde Pública.
Para cada caso uma solução, sendo que as reformas sociais
seriam as bases fundamentais para que o Brasil em longo prazo pudesse formar
uma sociedade futura mais justa e menos criminosa!
Portanto, será que essas Marchas em prol da legalização das
drogas são realmente o remédio para todos os males? – assumindo a liberdade
para expressar minha opinião, digo NÃO!
E afirmo que as pessoas que partilham desse falso ideal
confundem a Democracia com DEMAGOGIA – Liberdade com Libertinagem. Tenho
certeza que em médio prazo a família desses jovens começará a sofrer (ou se já
não sofrem) por conta dessa vida ilusória e sem princípios que sustentam para
si.
Todos nós somos iguais e nascemos com as mesmas capacidades
mentais, assim sendo, os efeitos causados pelo consumo de substâncias ilícitas
não difere etnia, credo e condição financeira.
Quem hoje esta no buraco, amanhã poderá estar morto se não
for resgatado por familiares ou órgãos competentes, e aqueles que estão de pé,
sentindo o calor da sua juventude se misturar com uma dose psicotrópica que os
motivam a gritar LIBERDADE – não será nesta vida que viverão livres.
”A força fez os primeiros escravos, a indolência destes perpetuou esse estado.” – cidadãos de bem, soltem as amarras e não fiquem omissos aos problemas sociais do país. Não aceite ser escravizado pelo Estado - LUTEM PELA VERDADE, IGUALDADE E JUSTIÇA!
”A força fez os primeiros escravos, a indolência destes perpetuou esse estado.” – cidadãos de bem, soltem as amarras e não fiquem omissos aos problemas sociais do país. Não aceite ser escravizado pelo Estado - LUTEM PELA VERDADE, IGUALDADE E JUSTIÇA!
e o que me dizes do álcool? não é droga? não destroi famílias, as pessoas não dirigem após ingerir álcool e causam acidentes, mutilações e mortes? e isso não custa bilhões ao INSS e ao DPVAT? O álcool não é a porta de entrada para o uso de outras drogas?
ResponderExcluirE nunca te perguntaste por que o uso e comércio do álcool é legal?
Não defendo o alcool e muito menos o cigarro. Sou contra da mesma maneira, bem como sou com relação as drogas!
ResponderExcluirAdorei o texto e concordo, plenamente, com seus argumentos. São lógicos e claros, mas, infelizmente, muitos não enxergam que esse fato é mais uma questão de saúde pública do que direito de "liberdade". Queria ver toda essa garra e esse empenho se fosse para combater a corrupção ou promover uma melhor educação pública. Quanto ao cigarro, é verdade, não deveria mesmo ser legalizado. O problema é que o dinheiro é quem manda, aqui no Brasil, e dita as normas. Os impostos arrecadados pelo governo são muitos. Agora, e esse dinheiro? Para onde vai? Será que é investido em saúde, educação, segurança e preservação da natureza? Ah, poupe-me, é visível que não.
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