terça-feira, 23 de outubro de 2012

Resumo filosófico - Nicolau Maquiavel

Nicolau Maquiavel inaugurou o pensamento da política moderna abordando-a independente das concepções cosmológicas (origem na Grécia) e teológicas (Idade média) do passado.
Na sua célebre obra (O Príncipe), convêm inicialmente analisarmos as circunstâncias que diferenciavam a chamada ação política, que, em primeiro momento, é representada pela ação do príncipe no contexto histórico de uma Itália dividida - portanto, o poder deveria ser conquistado e mantido a todo custo pelo príncipe justificando-se o poder absoluto. Posteriormente, seria possível a instalação de um governo republicano.

Apesar de todo mito que a história em conjunto com a péssima interpretação de seletos leitores deram ao livro, pejorativamente, "maquiavelismo" - é notável as ideias democráticas  que aparecem veladamente no capítulo IV quando Maquiavel discorre sobre a importância que um governador tem de adquirir apoio do povo - frisando que esta garantia é tão importante quanto ter o apoio dos grandes, que no geral, são ambiciosos e traiçoeiros (ideia d consenso).

As ações do príncipe no livro se pautam nas expressões virtu e fortuna, na qual a primeira significa à força, valor e a qualidade guerreira do príncipe, e não que ele seja virtuoso, bom e justo - conforme a moral cristã concebe como significação; mas sim, daquele príncipe capaz de perceber o jogo de forças políticas para agir com firmeza e com objetivo de atingir ao poder.

Já a segunda expressão, em sentido amplo, significa acumulo de riquezas implicando interpretarmo-nas pela teoria da roda da sorte, onde caberá ao príncipe se aproveitar das ocasiões oportunas. 

Trazendo esta ideia para o campo da moral, fica evidente que Nicolau Maquiavel discorda de que esta deva  orientar a ação política segundo as normas abstratas; mas sim, a partir do exame da situação específica, tendo em vista a função do resultado, já que é um fato compreendido de que toda ação política visa a sobrevivência de um grupo.

Conclusão: as ideias de Maquiavel na sua obra não se tratam de uma forma de "amoralismo", mas de uma nova forma de moralidade centrada em critérios de avaliação daquilo que é útil para o todo da comunidade. Se, para tanto, moral é o bem da comunidade, deve o príncipe manter-se no poder a todo custo para assegurar as conquistas; é esta razão que, no mais das vezes, o mal poderá ser legítimo em certas ações em prol do Estado.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

"O milagre das UPP's

Policial atento ao seu serviço.

A nova moda da mídia, ou seja, o que transmite a sensação do que é belo, moral e humano, é falar sobre o suposto sucesso garantido das UPP's (unidade de polícia pacificadora) nas comunidades carentes do Rio de janeiro.

Brasileiros, a questão é: essas UPP's não são a solução para "acabar/diminuir" o crime no RJ (haja vista que não existe nenhuma solução imediata e a curto prazo

 para o caos social daquele Estado). Os argumentos usados pelos políticos que afirmam que a população carente dos morros está mais segura com as upp's e que a repulsa popular pela polícia diminuiu consideravelmente por conta destas instalações, não passam de uma grande DEMAGOGIA!!!

Sabemos que a política de segurança pública do RJ está trabalhando intensamente neste momento para DISPERSAR/ESPALHAR a criminalidade para fins de conseguir um pequeno espaço vital para aplicarem os investimentos da copa do mundo - que como bem sabemos, tais interesses somente favorecem o GOVERNO FEDERAL e o GOVERNO DO ESTADO DO RJ.


Acreditar que a polícia carioca, vilã historicamente (como são tidos pela maioria dos moradores dos morros), passou a ser bem aceita pela população somente neste momento, é, no mínimo - esquecer do trabalho sério feito pela classe dos policiais que sempre honraram sua farda e buscaram sempre agir em prol da defesa da sociedade, fazer o bem sem olhar - desejando em troca apenas o reconhecimento por parte do Estado omisso e da população corrompida pelo meio social. Em conclusão deste trecho, afirmo: Não é a criação dessa unidade quem aproximou a polícia da população, mas sim, a mídia tendenciosa  que encontrou um meio de transmitir imagens de pessoas de bem apoiando a ação da polícia e simplesmente
. Nós sabemos que, apesar de tudo, sempre houve pessoas de bem no meio desse confronto incessante entre bem e mal, que estiveram ao lado da polícia, por menor que possa ser essa porcentagem.

Portanto, mais uma vez a mídia tenta nos transmitir uma falsa sensação de segurança, com fotos de policiais sendo usados como fantoches segurando crianças no colo, outros ajudando o garoto de pés descalços empinar uma pipa, enfim, O RIO DE JANEIRO "MUDOU" - A COMUNIDADE ESTÁ PACIFICADA E OS TRAFICANTES E AS FACÇÕES CRIMINOSAS "NÃO" MAIS CAUSAM PROBLEMAS.


Assim, da noite pro dia aconteceu o que podemos chamar de: O milagre das upp's - porém, quando a consciência do brasileiro voltar, caberá a pergunta: PARA ONDE FORAM OS CRIMINOSOS ?