quarta-feira, 20 de junho de 2012

Razões sociais para não legalizar as Drogas.


Tenho observado com grande desgosto o caminho que meu país (Brasil) tem tomado nos últimos tempos. Se já não bastasse a onda de corrupção que assola a política nacional e que enfraquece substancialmente as instituições vitais, bem como – Estado, Igreja, Partidos políticos e dentre outros; é com um olhar temeroso que me volto para as questões reivindicadas por uma massa de pessoas que vivem em uma sociedade imaginária, onde os problemas sociais de educação, violência e saúde pública parecem ser esquecidos ou omitidos por mero gozo coletivo.

Unidos por um falso ideal de liberdade, jovens de classe média/alta acreditam que a legalização das drogas, principalmente a maconha, resultaria em melhorias na sociedade. Partindo do princípio da autonomia de que todos teriam o direito de consumir seu cigarro de maconha sem serem incomodados pelas autoridades, eles supõem que o crime seria reduzido, ao passo que a descriminalização não mais implicaria em sanções contra os usuários e vendedores.

De fato, este é um pensamento irracional. E este seleto grupo de privilegiados não passa de pessoas individualistas que pensam que o mundo gira em torno do seu umbigo. Afirmar que a liberação de drogas é a solução para um dos grandes problemas que figuram na sociedade (violência e tráfico), é no mínimo - LOUCURA!
Esses jovens nasceram e foram criados em “berços de ouro” – tiveram e tem tudo do bom e do melhor. Deixando a parte os problemas familiares que todos nós temos, esses “revolucionários modernos” contaram e contam com o convívio afetivo de seus familiares, tiveram boa educação em casa, estudaram nos melhores colégios da cidade e teve as melhores companhias durante o período de sua formação moral.

Em contrapartida a isso, o jovem pobre da periferia nasceu sem saber quem é seu pai e teve uma infância marcada por severos casos de violência que afetam a sua comunidade e a sua casa – que deveria ser o seu porto seguro.
Ele não freqüentará a escola, pois é muito perigoso atravessar seu bairro e até mesmo permanecer dentro do ambiente escolar que, por conseqüência dos problemas sociais, se tornou um local de fácil aliciamento de novos membros para o crime organizado e tráfico de drogas.

Com muita sorte, essa criança irá crescer sem ter sido recrutada para fazer parte deste exército de jovens que perdem a sua liberdade e razão no florescer da sua vida. Entretanto, ao atingir determinada idade, ele terá que sair de casa para procurar um emprego e novamente os problemas de sua infância perdida o atormentará.
Não tendo freqüentado regularmente a escola e sendo morador de determinado bairro onde o índice de criminalidade é conhecido pela sociedade, ele não terá as portas do mercado de trabalho abertas – ele voltará para sua casa e encontrará sua mulher e seus filhos que choram de fome e uma mãe velha e doente em seu leito em um canto amontoado.

O desespero tomará conta desse cidadão – ele não terá escolha, ele irá se corromper!
De início, pode ser que ele compre uma arma na esquina de sua casa e comece a praticar assaltos em bairros distantes da sua moradia. Não tendo outra escolha, ele se assume nessa condição, um fora da lei criado pelo ESTADO!

Assim dizia Rousseau: “O homem nasce bom e a sociedade o corrompe” – de agora em diante ele faz parte do crime organizado, ele encontrou pessoas que também tiveram a infância marcada pelos mesmos problemas e que inicialmente não resistiram e se tornaram especialistas na arte do crime, e hoje - lideram as facções.

Consumo de drogas, tráfico de entorpecentes, assaltos, seqüestros e demais formas de terror que afetam diretamente a classe média honesta e trabalhadora será a forma que esse ser humano terá de “ganhar a sua vida”.
Tais ataques também atingem a classe média/alta, no entanto, eles não estão na linha de frente assim como o coitado do cidadão que trabalha duro diariamente no seu comércio e que esta inseguro nas ruas e àqueles que diariamente vão para o seu trabalho conduzindo seu veículo  e não sabe em qual esquina terá uma arma apontada para sua cabeça e a voz de assalto dada em seu ouvido - como um disparo que inicialmente acerta sua alma!

Aumentando-se o crime, aumenta-se o número de vítimas. E a respeito disso, cito o aglomerado de usuários de drogas que estão espalhados nos centros das cidades e nas comunidades carentes. São pessoas doentes que também foram vítimas da sociedade desigual e que se perderam em um caminho paralelo ao desses jovens que hoje são líderes e membros das facções criminosas que, no entanto, eles assemelham-se na história inicial de suas vidas e no fim certo que eles terão: Prisão, doenças mentais causadas pelo uso excessivo de drogas, doenças sexualmente transmissíveis e dos mais variados gêneros que estão diretamente ligados ao ambiente sujo das ruas e por fim, a morte precoce!

E é justamente desses viciados que mora nas ruas que o Estado inicialmente deveria amparar dado o momento atual que estamos. O que eles necessitam é de tratamento para se livrarem do vício do entorpecente, e não de Leis que liberem o uso das drogas; fato que motivaria essas pessoas a adquirirem e consumirem a droga ainda com mais facilidade e acima de tudo, colaboraria com o mercado ilegal dos traficantes de drogas.

Acredito que para resolvermos estes problemas que venho apresentando até então, devemos encará-los tendo em vista encaixa-los no princípio tridimensional de resolução, que seria: Reformas Sociais, Segurança Pública e Saúde Pública.
Para cada caso uma solução, sendo que as reformas sociais seriam as bases fundamentais para que o Brasil em longo prazo pudesse formar uma sociedade futura mais justa e menos criminosa!

Portanto, será que essas Marchas em prol da legalização das drogas são realmente o remédio para todos os males? – assumindo a liberdade para expressar minha opinião, digo NÃO!
E afirmo que as pessoas que partilham desse falso ideal confundem a Democracia com DEMAGOGIA – Liberdade com Libertinagem. Tenho certeza que em médio prazo a família desses jovens começará a sofrer (ou se já não sofrem) por conta dessa vida ilusória e sem princípios que sustentam para si.
Todos nós somos iguais e nascemos com as mesmas capacidades mentais, assim sendo, os efeitos causados pelo consumo de substâncias ilícitas não difere etnia, credo e condição financeira.
Quem hoje esta no buraco, amanhã poderá estar morto se não for resgatado por familiares ou órgãos competentes, e aqueles que estão de pé, sentindo o calor da sua juventude se misturar com uma dose psicotrópica que os motivam a gritar LIBERDADE – não será nesta vida que viverão livres.

”A força fez os primeiros escravos, a indolência destes perpetuou esse estado.” – cidadãos de bem, soltem as amarras e não fiquem omissos aos problemas sociais do país. Não aceite ser escravizado pelo Estado - LUTEM PELA VERDADE, IGUALDADE E JUSTIÇA!